Cachorro lindo, que foi amarrado a um poste, aguardou por dias até que alguém o notasse
O husky não perdeu a esperança de ser resgatado.
Por Beatriz Menezes em Proteção AnimalUm lindo cachorro branco passou dias amarrado a um poste em uma rua de Santa Mônica, na Califórnia, Estados Unidos, esperando por um resgate. Seu nome é Buckley, e a história dele virou notícia no site The Dodo.
O cão é um filhote de husky de apenas 6 meses de idade, deixado sozinho em uma rua de asfalto, sem comida ou água, por alguém que não se importava com ele.
Um dia, sua sorte mudou. Uma socorrista da região que passava pelo local viu o cachorrinho e ficou comovida com sua situação.
Ela não hesitou em ajudá-lo e levá-lo para o Love Leo Rescue, uma organização que cuida de animais abandonados e maltratados.
No abrigo, Buckley recebeu todos os cuidados que precisava, como castração, vacinação e vermifugação.
Ele também conquistou o coração dos voluntários, que ficaram impressionados com sua personalidade doce e equilibrada.
"Buckley é um cachorro excepcional. Ele é amoroso e não deixou que suas experiências anteriores mudassem sua adorável personalidade”, disse Sasha Abelson, diretora do Love Leo Rescue, ao site The Dodo.
O cãozinho logo encontrou uma família de lar temporário, que lhe deu todo o carinho e a atenção que ele merecia. Ele se adaptou bem à nova vida e fez muitos amigos cães, com quem adora brincar e aprender novas habilidades.
"Ele é um husky típico e despreocupado. Ele adora fazer caminhadas e também ficar abraçado perto de seus humanos. É simplesmente um cachorro de família perfeito”, contou um jovem chamado Leo que é voluntário do abrigo.
Mas Buckley ainda sonha com um lar definitivo, onde possa ser feliz para sempre. De acordo com os responsáveis pela ONG, agora conhecendo a personalidade do husky, ele gostaria de ter uma família ativa e, de preferência, um irmão ou irmã caninos para se divertir.
"Achamos que um irmão ou irmã cachorro seria maravilhoso para ele", disse Leo.
No dia 03 de fevereiro a organização postou uma foto do cão no Facebook, contando sobre a sua situação e que ele está disponível para adoção.
O abandono de cães de raça nos EUA
Infelizmente, o caso do Buckley não é isolado. Muitos cães de raça são abandonados nos Estados Unidos por diversos motivos, como a perda de emprego de tutores, a mudança de casa, os problemas de comportamento ou a falta de informação sobre as características e necessidades de cada raça.
Segundo uma pesquisa realizada em 12 abrigos nos EUA, encontrada no site Pitbully, os principais motivos para o abandono de cães são: o pet ser destrutivo dentro de casa (20,7%), agressivo com as pessoas (12,1%), fazer as necessidades fora do local correto (10,4%), ser muito ativo (9,6%) ou medroso (7,6%).
A pesquisa também mostrou que quanto mais cara a aquisição do animal, menor a chance dele ser abandonado. E que animais adquiridos sem custo algum eram os mais prováveis de serem abandonados.
O Brasil e os vira-latas
No Brasil, a situação difere. De acordo com uma matéria da Uniritter e publicada no site Medium, o país tem cerca de 30 milhões de animais abandonados, sendo 20 milhões de cães e 10 milhões de gatos.
A maioria deles é vira-lata, ou seja, sem raça definida.
As causas mais comuns para o abandono envolvem a falta de dinheiro para sustentá-los, a gravidez indesejada, a mudança de endereço ou a falta de responsabilidade dos donos.
Apesar do grande número de animais nas ruas, muitos brasileiros têm orgulho de seus vira-latas e os adotam como parte da família.
O termo vira-lata, que antes tinha uma conotação negativa, passou a ser usado como um elogio à mistura e à diversidade que caracterizam o cão sem uma raça definida.
Seja de raça ou vira-lata, o que importa é que os animais de estimação merecem respeito, cuidado e amor. Eles são seres vivos que sentem dor, medo, tristeza e alegria. Não são objetos que podem ser descartados quando não nos convêm.
Por isso, antes de adotar um animal, pense bem se você tem condições de oferecer tudo o que ele precisa. E se você já tem um animal, não o abandone.
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