Cachorra pitbull em luto leva bolinha até foto de melhor amiga falecida e emociona tutora
Por Ana Caroline Haubert em Aqueça o coraçãoGreka, que mora no México com a sua mãe, Delvia González, é uma doce pitbull que sempre teve uma boa relação com todas as pessoas que teve contato.
Mas teve uma pessoa, em especial, que foi eleita por Greka como a sua melhor amiga: a sua avó, também chamada Delvia.
A mãe da tutora de Greka, de 70 anos, era a responsável por cuidar da pitbull quando a filha saia para trabalhar.
Juntas, elas eram mais do que companheiras uma da outra, elas tinham tempo de qualidade e aproveitavam o dia da melhor maneira possível.
Muito mais do que uma babá, Delvia se tornou a melhor amiga de Greka.
“Eles faziam companhia uma a outra e sempre passavam tempo juntas, brincando de pegar bola e, quando se cansavam, começavam a assistir TV juntas”, disse González ao The Dodo.
A pitbull não poderia estar sob melhores cuidados, enquanto Delvia não poderia estar melhor acompanhada.
Mas, infelizmente, a mãe de González tinha diabetes e começou a ter problemas de saúde relacionados à doença.
“Minha mãe tinha diabetes e, por conta disso, a visão dela ficou afetada. Ela mal conseguia enxergar, então Greka era um apoio para ela”, disse González. “Quando minha mãe se sentia mal ou quando tinha alteração nos níveis de glicose, Greka sempre me contava e ficava ao lado dela. Ela sempre se deitava onde quer que estivesse.”
E é claro que até mesmo nesses momentos, Greka esteve lá, ao seu lado. Infelizmente, depois de passar algumas semanas internada no hospital, Delvia faleceu recentemente.
“Greka foi a primeira a entrar no pronto-socorro. Ela estava muito desesperada e preocupada com a avó”, disse González.
“Queríamos que ela soubesse que sua avó não voltaria e, por isso, no dia em que a enterramos, levamos Greka para nos despedir. Nós a trouxemos para perto do caixão. Ela chorou muito. Ela tremia de tristeza, mas entendeu que sua avó estava descansando em paz.”
A reação de Greka ao se despedir da sua amada vovozinha estava longe de ser momentânea e Delvia não seria esquecida pela sua melhor amiga.
González sabia disso, portanto colocou uma foto da sua mãe em um lugar que Greka pudesse sempre olhar. E é isso que a querida pitbull tem feito desde então, ela não fica um dia sequer sem olhar a foto da sua avó.
“Ela está muito triste. Ela se aproxima da foto, leva a bola para a avó e fica sentada esperando que ela jogue para ela”, disse González. “Sinto minha mãe comigo toda vez que abraço Greka ou toda vez que ela me traz sua bola. O amor dela por minha mãe nos manteve juntos para suportar esse processo tão difícil.”
Recentemente, as duas tiveram uma linda experiência durante um passeio na praia. González e Greka receberam um sinal de que ela ainda estava com eles.
A consideração de Greka por quem cuidou tão bem dela, nos mostra como os animais são gratos pelo amor e cuidado que recebem. Sempre nos ensinando tanto!
Como os animais sentem o luto?
Um estudo publicado na revista Nature por um grupo de pesquisadores do Centro de Neurologia e Psiquiatria de Tóquio, em parceria com a Universidade de Milão, divulgado pela Veja, constatou que animais como pássaros, roedores e até mesmo cetáceos (animais predominantemente marinhos) demonstram sinais de luto.
O estudo revela que a ressonância magnética mostra intensa atividade no córtex cingulado, responsável pelas emoções, em animais ao perceberem a morte de companheiros.
O luto animal, mais prolongado em elefantes (superando dois anos), é atribuído à duradoura ligação com as crias.
Elefantes têm o hábito de retornar aos corpos de entes queridos, tocando-os com as trombas até a decomposição completa.
Esse luto prolongado é mais evidente em animais sociais, como caninos, felinos e cetáceos, que mantêm laços próximos em grupos.
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