Mergulhadores exploram navio naufragado e encontram alguém extremamente raro escondido entre os destroços
Por Beatriz Menezes em Mundo AnimalApesar de ser chamado de "Planeta Água", aproximadamente 80% dos oceanos da Terra permanecem inexplorados.
Com pontos de profundidade superiores a 11 km no leito marinho, a exploração dessa vasta extensão de água continua a ser um desafio para a nossa tecnologia atual.
Por isso, mergulhadores frequentemente veem naufrágios de navios como oportunidades para explorar a vida marinha nas profundezas dos oceanos.
Esse é o caso de um trio de mergulhadores que ficou sabendo de uma oportunidade de visitar o imponente navio SS Tasman que afundou em 1883 próximo à Península da Tasmânia, na Austrália.
Com o passar das décadas, o naufrágio se transformou em um ecossistema habitado por uma variedade fascinante de peixes.
Mas uma espécie em especial chamou a atenção de mergulhadores da Tasmânia que decidiram realizar uma expedição submarina para comemorar o 140º aniversário do naufrágio do navio.
Durante a expedição, que foi devidamente registrada, o mergulhador Brad Turner foi surpreendido por um brilho rosado entre as sombras.
Enquanto mergulhava entre os destroços, Brad capturou a imagem de um peixe raro que há muito tempo não era visto.
Ao perceber a presença do animal logo pensou que se tratava de uma espécie chamada ‘Handfish’, porque suas nadadeiras lembram o formato de uma mão humana.
Mas ficou perplexo, pois essas criaturas estão à beira da extinção e são extremamente raras.
O que era uma aventura para ver destroços do navio virou uma surpresa. Ele foi o responsável por divulgar ao mundo que essa espécie ainda vive nas profundezas.
Sabendo ser uma oportunidade única na vida, ele apelidou o peixinho de James Parkinson.
“Eu estava confiante de que era um peixe-mão rosa, mas, dado o quão raros eles são e quão raramente foram vistos, eu não tinha 100% de certeza e acho que estava um tanto descrente. [Eu] rapidamente ganhei a atenção de James ao apontar minha luz de mergulho para ele”, disse o mergulhador ao site The Dodo.
Brad acredita que ele e seus colegas são os primeiros a encontrar essa espécie no habitat natural.
Confira o vídeo abaixo! Ele está disponível no Youtube no canal de Brad chamado Tasmanian Underwater Explorer:
Existe um centro de proteção e conservação chamado Handfish Conservation Project que afirma restarem menos de 100 handfish adultos no planeta.
Além disso, eles monitoram esses peixes, cada um é batizado e é possível fazer doações para a preservação da espécie.
“Os direitos de nomenclatura custam $ 1.000 (R$ 4.995,45). Além da sensação calorosa que você terá ao ajudar a salvar essas espécies e a oportunidade de nomear um dos últimos peixes-mão restantes; O seu apoio será reconhecido no nosso website para esse peixe individual, bem como no nosso relatório público anual”, diz o site oficial.
Segundo a National Geographic Brasil essa família de peixes é sensível às perturbações ambientais, como mudanças climáticas, destruição do habitat e poluição.
A espécie já foi bastante numerosa quando os cientistas a documentaram pela primeira vez há 200 anos.
Veja também este vídeo:
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