Trio de filhotes abandonados cuidam uns dos outros enquanto esperam por ajuda

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Acostumada a lidar com diversas situações que envolvem resgate de animais, Suzette Hall, fundadora do resgate de cães Legacy 29 de Logan, na Califórnia, se deparou com uma cena incomum recentemente.

A voluntária recebeu a ligação de um bom samaritano pedindo ajuda para o resgate de um caso chocante, envolvendo não um, mas três cachorrinhos abandonados em uma propriedade abandonada.

Completamente à deriva do perigo, os filhotinhos se recusavam a sair um do lado do outro enquanto esperavam por ajuda.

Antes de chegar ao local, Hall recebeu uma foto dos filhotes e viu que o resgate poderia ser mais difícil do que o esperado.

Isso porque o resgate de apenas um cão já pode ser complexo, e de três, ainda mais. Mas, ignorá-los e deixá-los sozinhos não era uma opção; ela era a única esperança dos irmãos.

“Foi muito doloroso ver. Eles são todos tão pequenos”, desabafou Hall no Facebook.

Infelizmente, a missão de resgate demorou mais que o esperado, pois o veículo de resgate apresentou problemas mecânicos, impedindo que ela fosse até os filhotes.

Entretanto, uma amiga chamada Mary Nakiso foi todas as noites visitá-los para ver como eles estavam e alimentá-los, até que finalmente fossem resgatados.

Finalmente chegou o dia do resgate. Quando Hall chegou até o local, ela ficou tocada com a união dos três cães que só tinham um ao outro. Literalmente.

“Eles estavam com tanto medo, mas tinham um ao outro. E cara, eles se amam”, disse.

Um dos primeiros passos da voluntária foi encher os cães de afirmações positivas, mesmo à distância, enquanto pensava em como iria pegá-los. Graças à sua experiência, ela conseguiu capturar o menor deles, a quem chamou de Oskas.

Enquanto isso, sua amiga Mary tentava ganhar a confiança de uma das irmãs, que mais tarde foi chamada de Jolene, e felizmente não demorou para acontecer.

“A menina amava muito Mary, e Mary conseguiu conquistá-la”, contou Hall.

Dois já haviam sido resgatados e colocados na van da voluntária, mas o terceiro irmão, que era o maior entre eles, demonstrou mais resistência ao resgate.

Ollie, como foi nomeado, estava bastante assustado e ficou fugindo das socorristas.

Em resposta, Hall e Mary decidiram dar espaço para o filhote, enquanto levavam os irmãos a um hospital veterinário para ver como eles estavam.

Mais tarde, na mesma noite, Hall voltou ao local com uma armadilha e colocou ao lado da garagem onde Ollie estava escondido. Felizmente, a ideia deu certo e na manhã seguinte, o cão estava sentado dentro da armadilha.

Finalmente, ela pegou Ollie e o levou ao encontro dos seus irmãos no hospital veterinário.

“Eles estavam todos com muito medo. Com tanto frio, com tanta fome. Mas eles finalmente estavam todos seguros. Eles tinham um ao outro novamente.”

Após todos os exames necessários, foi constatado que os trigêmeos estavam bem e estavam liberados para receber alta.

Eles foram levados para um lar temporário, na casa de Genavie Ochoa, uma amiga íntima de Hall, que está cuidando deles.

Ollie tem demonstrado ser o mais introspectivo entre os três, em contrapartida dos outros dois irmãos que se sentem cada vez mais à vontade em seu novo lar.

Mas nada como dar tempo ao tempo, e os cuidadores acreditam que logo os irmãos irão se sentir confiantes o suficiente para superar as turbulências vividas até então.

Confira:

“Ollie está tão assustado, mas os outros dois são tão fofos e adoram esfregar a barriga. Esses pobres bebês passaram por tanta coisa. Tenho certeza de que eles não dormem tão bem há muito tempo. Eles são resgatados e têm um ao outro”, concluiu Hall.

As voluntárias têm muita esperança de que Ollie, Jolene e Oscar vão encontrar a família perfeita em breve. Enquanto isso não acontece, eles seguem recebendo todo o cuidado e amor que merecem!

Como ajudar um cão a superar traumas?

Traumas psicológicos podem afetar profundamente a vida de um cão, mas com a devida atenção, cuidados e amor, a recuperação é possível, como explica o Petindica. É fundamental respeitar o ritmo de cada indivíduo, compreendendo que o tempo de recuperação varia.

Além disso, criar um ambiente seguro e tranquilo em casa é essencial. Disponibilizar um espaço de refúgio onde o cão se sinta protegido e acolhido, possibilita o enfrentamento gradual de seus medos.

A socialização também é parte integrante da jornada de recuperação. Introduzir o cão a outros animais e pessoas de maneira gradual, positiva e controlada, auxilia na reconstrução da confiança. O reforço positivo é uma ferramenta poderosa durante o treinamento, pois ao recompensar comportamentos desejados, fortalece a autoestima do animal.