Animal misterioso chega ao abrigo – então as equipes de resgate percebem quem ela realmente é
Por Ana Caroline Haubert em Mundo AnimalHá aproximadamente um mês, Jamie Forgeron estava em sua casa, localizada na Nova Escócia, no Canadá, quando foi surpreendida com a presença de um animal incomum em seu pátio.
O seu marido havia saído para alimentar os gatos, quando percebeu o animal que estava escondido no pátio atrás da caixa de gerador e que saiu correndo assim que viu o homem, como contou à CBC News.
Jamie e seu marido imediatamente se preocuparam com o bem-estar do animal e, embora ainda não soubessem qual era a sua espécie, o casal o pegou e o levou para o centro de reabilitação de vida selvagem, Hope For Wildlife, para saber se ele estava bem.
“Você pode estar se perguntando que tipo de animal apareceu”, escreveu o resgate em uma postagem no Facebook sobre o animal. “Vamos dar uma dica: sem o pelo, você não consegue ver a máscara facial que é sua marca registrada.”
Muitas pessoas, assim como o casal, inicialmente ficaram curiosas para saber de qual animal se tratava, afinal.
O centro de resgate contou que o animal visto sem pelos, era na verdade, uma guaxinim do norte (raccoon-do-norte) fêmea.
A fêmea encontrada na residência de Jamie e sua família sofre de uma doença que a faz perder o pelo, o que explica a dificuldade em reconhecê-la.
“[Ela] tem uma doença chamada alopecia – ou, mais simplesmente, queda de cabelo”, escreveu o resgate no post. “Na verdade, ela é completamente careca.”
O Hope For Wildlife explicou ainda, que essa condição está associada à parasitas, sarna ou infecções fúngicas, mas apesar disso, a guaxinim resgatada parece ter uma pele relativamente saudável.
Recebendo os devidos cuidados, a guaxinim, que agora se chama Rufus, também se mostrou ser muito sociável ao se aproximar com facilidade de outros guaxinins resgatados.
“Nossa paciente guaxinim careca foi aceita pelos outros guaxinins”, escreveu Hope For Wildlife em outro post no Facebook. “Acho que se você está nu, é bom ter muitos amigos peludos para cercá-lo e mantê-lo aquecido nas noites frias.”
A causa da alopecia de Rufus segue sendo investigada pelos socorristas, que por ora, não sabem dizer se ela poderá voltar ou não a viver na natureza, sobretudo pela sua exposição de pele, que pode ser prejudicial na vida selvagem.
“Sob boa supervisão e boa dieta, pode voltar a crescer parte de [seu] pelo e [ela] pode ser libertada”, disse a fundadora da Hope For Wildlife, Hope Swinimer, à CBC News.
Independente das causas da falta de pelos, Rufus está sendo muito bem tratada e cuidada, ainda mais na companhia dos seus amigos da mesma espécie que são peludos o suficiente para mantê-la aquecida e que a amam mesmo carequinha.
Curiosidades sobre os guaxinins
Nativos da América do Norte, os guaxinins fazem parte da vida selvagem e urbana nos Estados Unidos e no Canadá. Eles são algumas das criaturas mais adaptáveis da região e podem sobreviver em diversos climas e condições, como explica o Vida de Bicho.
1. Não são exigentes com comida
Guaxinins são animais onívoros e comem praticamente qualquer coisa que encontram, incluindo frutas, vegetais, peixes, caranguejos, insetos, ovos, pequenos mamíferos, aves e até mesmo lixo.
2. Possuem patas sensíveis e habilidosas
Esses animais possuem mãos semelhante às humanas, com cinco dedos hábeis em cada uma das patas dianteiras. Isso lhes dá a capacidade de agarrar facilmente as coisas e vasculhar em busca de comida.
3. Eles lavam a comida
Procyon lotor é o nome científico do guaxinim. O termo lotor significa “lavadeiro” e foi dado a eles porque, se alguém observá-los comendo, notará que eles costumam lavar a comida antes de ingerir. Se não houver água por perto, eles ainda fazem os mesmos movimentos, movendo as patas dianteiras sobre a comida e levantando-a para cima e para baixo.
4. Sua expectativa de vida não é muito longa
Os guaxinins têm uma expectativa de vida média de cerca de 2 a 5 anos na natureza, mas podem viver até 20 anos em cativeiro. O guaxinim mais velho já registrado chegou até 21 anos.
5. Enxergam bem no escuro
Os olhos dos guaxinins possuem uma membrana atrás do olho chamada tapetum lucidum (tapete brilhante), que reflete a luz, permitindo que enxerguem bem no escuro. Quando uma luz incide diretamente, eles brilham em um tom avermelhado.
6. São 'lobos' solitários
Os guaxinins são animais solitários e territoriais, exceto durante a época de acasalamento, quando os machos se juntam às fêmeas.
7. Se adaptam facilmente
Guaxinins conseguem se adaptar facilmente a ambientes urbanos e suburbanos, e muitas vezes são encontrados em áreas residenciais ou em parques de cidades.
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