Equipes de resgate olham entre rachaduras na rocha e veem um rostinho olhando para eles

No dia 18 de março, um homem passeava pela costa do Parque Estadual Odiorne Point, em Massachusetts, Estados Unidos, quando notou um pequeno filhote preso entre pedras.

Ao se aproximar, o homem percebeu que se tratava de um filhote de foca que precisava de ajuda.

Quando constatou que o animal precisava de socorro imediato para sair dali, ele contatou a equipe de resgate do Seacoast Science Center para auxiliá-lo.

“Ele disse que, ao passar por uma das fendas, pensou ter visto algo se movendo nas rochas, o que parecia estranho”, contou Ashley Stokes, diretora de resgate de mamíferos marinhos do Seacoast Science Center, ao The Dodo. “Então ele voltou e olhou para as rochas para ver o que era.”

Pensando em como a foca conseguiu ficar presa entre as pedras, em circunstâncias tão incomuns, a equipe levantou uma hipótese sobre o que poderia ter acontecido.

“Nos dois dias anteriores, tivemos marés astronomicamente altas, combinadas com algumas tempestades. Com as duas coisas combinadas, o nível da água cobriu o cais, o que muito raramente acontece. A jovem foca provavelmente foi puxada para o cais para descansar e, à medida que a maré recuou, escorregou para dentro da fenda. A altura da maré voltou ao normal, não atingindo mais o topo do cais, então ela não tinha como sair”, explicou Stokes.

Quando a equipe chegou, já ciente da situação, ela se deparou com alguns desafios.

Quando os socorristas tentaram retirá-la, ela se enfiou ainda mais fundo no buraco e usou as unhas e os dentes para lutar contra as mãos deles.

A fenda entre as pedras era bastante estreita, o que tornou o processo de resgate ainda mais desafiador.

Mas a equipe não desistiu. Eles trabalharam por mais de 30 minutos e, felizmente, conseguiram retirá-la com sucesso.

“Acabamos sendo capazes de tirar suas nadadeiras traseiras da parte mais profunda da fenda e, em seguida, colocar um cobertor sob seu corpo o suficiente para tirá-la do buraco”, disse a socorrista.

Após salvarem a pequena foca, a equipe a levou para a sede do Seacoast Science Center para que ela passasse por uma avaliação médica.

Lá eles constataram que ela estava bastante desidratada, o que era a principal preocupação médica.

Com base nos exames, a equipe constatou que ela ficou presa entre as rochas por 24 a 48 horas e que ela tinha entre 1 e 2,5 meses de idade, o que é muito jovem, mas com idade suficiente para ser independente da mãe.

Embora pareça pouco tempo para serem independentes, os filhotes de focas cinzentas só ficam com as mães durante 21 a 28 dias.

Apesar da desidratação, que era algo simples de tratar, a foca estava em bom estado de saúde, mesmo depois de sua provação.

“A sua natureza corajosa e sua óbvia infelicidade em ser tratada, nos deixou saber que ela era uma boa candidata para libertação, em vez de precisar de reabilitação.”

Depois de receber todos os cuidados necessários, a equipe teve certeza de que a pequena foca estava pronta para voltar à natureza, onde ela pertence, e assim o fizeram.

A jovem foca não foi avistada novamente, o que Stokes diz ser um bom sinal, pois significa que ela provavelmente está bem. A socorrista dá o crédito ao homem que denunciou a foca cinza encalhada às autoridades.

“Se não fosse por ele, esta história provavelmente poderia ter terminado de forma muito diferente”, disse ela.

Veja o vídeo:

Cão sob pedras

Essa não é a primeira vez que um animal é encontrado preso entre pedras. Em abril de 2022, Gilmar Lampir Dettmann e sua equipe foram chamados para resgatar um cachorro preso entre rochas em Domingos Martins, no Espírito Santo.

Veja o local em que ele estava preso:

O cachorro, chamado Bob, ficou preso por mais de duas semanas, após cair em uma fenda enquanto perseguia uma paca.

Os bombeiros foram chamados, mas não tinham recursos para o resgate. Após quatro dias, a equipe conseguiu resgatar Bob, que estava extremamente desnutrido.

Resgate:

Apesar do susto, ele foi resgatado e levado a uma clínica veterinária para receber tratamento.

Recuperação:

Veja também este vídeo:

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