Deu dó: cão adotado economiza ração em seu potinho devido a sequelas de traumas antigos

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Ao vermos como o cãozinho Otávio está hoje, sorrindo e abanando o rabo, fazendo questão de mostrar o quão feliz é, você jamais iria imaginar a tristeza e a dor que ele já foi submetido no passado.

Infelizmente, alguns traços de sua personalidade ainda demonstram os traumas de anos atrás.

No início do ano passado, Joice Lamas e seu marido adotaram Otávio em um abrigo de cães que o salvou de uma casa abusiva, onde vários cães estavam sendo negligenciados.

Embora já em segurança e curado, Otávio continuava, no entanto, temeroso do contato humano.

Joice se dispôs então a ajudá-lo a superar seus antigos traumas.

“Desde o primeiro momento em que o vimos, nunca mais nos separamos”, disse Joice.

O tempo foi passando e Joice viu desabrochar o verdadeiro Otávio. O tímido filhote que estremecia quando alguém o acariciava, agora ama se aconchegar. No entanto, as cicatrizes invisíveis de seus traumas ainda podem ser vistas, ainda que de forma mais sutil – particularmente em como Otávio come.

Não importa quanta comida Joice ponha na tigela de Otávio, ele sempre deixa metade. Não está claro, porém, porquê ele faz isso, mas Joice suspeita que esteja relacionado aos anos que ele passou negligenciado.

A hora das refeições podiam ser horas traumáticas para Otávio naqueles tempos, e ele provavelmente aprendeu a racionar o que lhe era dado – ou, então, para repartir e deixar algo para seus companheiros famintos ao seu redor.

“É triste”, disse Joice. “Eu sempre digo a ele: ‘Tudo bem se você comer tudo’.”

Com o tempo, Otávio irá certamente perceber melhor que o passado ficou pra trás e sua nova família está comprometida em ajudá-lo a cada passo desse caminho.

“Eu sei que ele nunca ficará sem nada na vida novamente – principalmente comida e amor”, disse Lamas. “Nós tentamos fazê-lo tão feliz quanto possível.”

E, no geral, está claramente funcionando.

Cuidar de um cachorro salvo de abusos pode ser um desafio, admite Lamas. Mas vê-los se transformar naquilo que realmente são, faz tudo valer a pena.

“Eles precisam de paciência e muito amor, porque podem demorar mais para se adaptar”, disse Lamas. “Mas é notável como o amor muda os animais. Um animal resgatado é muito mais doce, mais grato e carinhoso do que os outros. Eles são simplesmente incríveis!”.

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Fonte: The Dodo

Gabriel Pietro têm 20 anos, é redator e freelancer. Fundou o Projeto Acervo Ciência em 2016, com o objetivo de levar astronomia, filosofia e ciência em geral ao público. Em dois anos, o projeto alcançou milhões de internautas e acumulou 400 mil seguidores no Facebook. Como redator, escreveu para vários sites, como o Sociologia Líquida e o Segredos do Mundo. Ainda não sabe se é de humanas ou exatas, Marvel ou DC, liberal ou social-democrata. Ama cinema, política, ciência, economia e música (indie). Ainda tentando descobrir seu lugar no mundo.