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Veterinária tenta interação com cão que tem escrito 'não me encoste' na coleira e isso acontece

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Quando pensamos em cães, é comum querermos acariciá-los imediatamente, muitas vezes sem pedir permissão. Mas, para Finn, um boiadeiro australiano sensível ao toque, esse gesto pode ser extremamente desconfortável.

Desde filhote, Finn demonstra sensibilidade extrema em várias partes do corpo, o que não é resultado de traumas, mas de uma condição fisiológica.

“É como ser muito sensível a cócegas – não é algo que você escolhe”, explica sua tutora.

Apesar disso, muitas pessoas acham estranho um cachorro que não gosta de carinho.

“Por que aceitamos que alguns gatos não gostam de toque, mas reagimos com choque quando é um cão? Heelers são cães de trabalho, não criados para serem carinhosos – embora muitos sejam. Finn é incrível, ele só não gosta de ser tocado.”

Para conscientizar as pessoas, sua tutora criou um perfil no Instagram, onde compartilha histórias de Finn e dicas sobre como lidar com cães reativos.

Em 7 de novembro, ela publicou um vídeo mostrando um avanço raro do cão durante uma visita à veterinária Nicky.

Antes da consulta, Finn recebeu medicação para ansiedade, o que ajudou a deixá-lo mais calmo.

Durante o atendimento, ele se aproximou voluntariamente da veterinária, cheirou sua mão e até a presenteou com seu brinquedo favorito, um urso de pelúcia.

No entanto, quando Nicky tentou acariciá-lo, Finn rosnou e deu um leve mordisco de aviso. Apesar disso, ele não se afastou, indicando que estava disposto a continuar a interação.

“Ele é extremamente imprevisível a ponto de ser perigoso, mesmo em algo tão comum quanto atravessar a rua. Nosso objetivo é alívio da dor, não modificação de comportamento”, explica a tutora.

A veterinária, conhecendo os limites do cão, optou por ignorar o comportamento e não insistir no toque. Finn, então, voltou a interagir com a pelúcia e cutucou a mão de Nicky com o focinho, mostrando curiosidade.

“Foi um momento em que ele tentou muito fazer amizade, mesmo ainda surpreso com a ideia de ser tocado. Finn aceita algum toque de pessoas de confiança, mas é difícil superar sua paranoia quando as pessoas não respeitam seus limites”, contou a tutora.

O vídeo tem mais de 140 mil curtidas e 826 comentários.

“Um agradecimento especial à veterinária por entender e manter a calma da maneira que ele precisa, permitindo que ele interaja e explore”.
“Meu boiadeiro Tony é muito parecido. Eu digo às pessoas para tratá-lo como um gato bravo e esperar que ele se aproxime, e isso tem ajudado as pessoas a entenderem melhor”.
“Esse controle que ela demonstra ao corrigi-lo de maneira apropriada é lindo. Que trabalho incrível você faz para ajudá-lo a equilibrar suas respostas e não exagerar, como a maioria dos cães acaba sentindo que precisa fazer”.

São alguns dos comentários deixados pelos internautas.

A história de Finn mostra a importância de respeitar os limites individuais dos animais e entender que nem todos os cães são iguais.

Para cães como Finn, as interações seguras e respeitosas são essenciais para que se sintam confortáveis e possam, no seu tempo, criar novas conexões.

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Jornalista formada pela Universidade de Passo Fundo (UPF). Gosta de livros, animais e é vegetariana.