Jovem jamais pensou que iria ficar 'encrencada' por cuidar dos animais de rua

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em Proteção Animal

Um caso envolvendo a protetora independente de animais, Tati Lovie, de Manaus, Amazonas, chamou a atenção da internet recentemente.

Em um vídeo publicado em 23 de novembro nas redes sociais, que rapidamente viralizou, Tati relatou como ficou ‘encrencada’ por cuidar e alimentar animais de rua.

A legenda de sua publicação já destacava a situação inusitada: “nunca pensei que iria parar na delegacia porque alimentamos e cuidamos de animais de rua".

No vídeo, Tati expõe a dura realidade que enfrenta ao tentar garantir melhores condições de vida para cães e gatos abandonados.

Segundo ela, uma das principais dificuldades são as constantes represálias de alguns moradores da região, que não apenas destroem os abrigos que ela constrói, mas também a denunciam por supostos transtornos causados pelo cuidado aos animais.

"Oi, gente, esse era o local que estavam as casinhas dos animais. Tinha duas casinhas, uma aqui e outra aqui. Essa é uma das gatinhas que ficam aqui, temos cinco gatinhas que ficavam nas casinhas", relata Tati em um trecho do vídeo.

Ela explica que as casinhas foram derrubadas e atiradas em uma área verde da região, junto com outros materiais.

No registro, ela também denuncia que, além de cometerem crimes de maus-tratos contra os animais, os responsáveis também poluem o ambiente ao descartarem telhas, pneus e outros objetos.

"Essa aqui é a Mila, mora aqui nessa área. Aqui na minha cidade tem uma lei que permite que os animais sejam cuidados no lugar em que eles frequentam. A gente alimenta ela todo dia."

Tati contou que a área utilizada como abrigo para os animais antes era tomada por matagal, mas foi organizada para abrigar cães e gatos de rua. No entanto, as dificuldades não param por aí.

Segundo ela, o trabalho que realiza deveria ser responsabilidade da prefeitura, mas, devido à omissão do poder público, ela e outros moradores se mobilizaram para suprir essa necessidade.

Apesar das dificuldades e das ações contrárias de parte da comunidade, Tati continua determinada a lutar pela causa animal.

"Eles continuam a perseguir esse trabalho que deveria ser feito pela prefeitura, porém não é, e os moradores se dispõem a fazer esse trabalho com os animais", disse no vídeo, apresentando as gatinhas Pretinha e Lady, que também vivem na área.

O caso de Tati Lovie levanta questões importantes sobre a responsabilidade com os animais de rua, a política pública de bem-estar animal e a solidariedade da comunidade.

Seu depoimento também evidencia o quanto protetores independentes enfrentam desafios em suas ações voluntárias. A história segue repercutindo nas redes sociais, despertando discussão e apoio à causa.

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Jornalista formada pela Universidade de Passo Fundo (UPF). Gosta de livros, animais e é vegetariana.