Seis meses após perder seus cães, homem olha para o céu e os vê brincando nas nuvens

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Perder alguém querido é sempre doloroso, e a dor de perder um pet pode ser igualmente intensa e difícil de superar.

Carlos Pontes, que vive em Santos, São Paulo, enfrentou a difícil perda de seus amados cachorrinhos Xuxu, Pixoxo e Lucke, todos da raça yorkshire.

Entre eles, a perda mais dolorosa foi a de Lucke, que faleceu ainda jovem. Já Xuxu e Pixoxo partiram em decorrência de complicações relacionadas à idade avançada.

Lucke sofreu uma convulsão nos braços de Carlos, o que o deixou abalado.

Durante dias, ele chorou pela ausência de seu companheiro.

Até que, num momento de reflexão, percebeu que precisava parar de se lamentar para conseguir seguir em frente.

"Chorei por três meses, sem deixar de chorar um único dia. No nonagésimo dia, decidi que precisava parar, pois isso não daria sossego ao espírito do meu amigo", contou Carlos ao Amo Meu Pet.

Foi então que algo mágico aconteceu.

"No dia exato em que se completaram seis meses da morte dele, olhei para o céu e vi uma nuvem com a imagem dos três brincando juntos, como se dissessem: 'Estamos bem'. Aquilo confortou meu coração. Chorei, mas de alegria."

O triozinho

Xuxu

Xuxu era extremamente amoroso e cheio de personalidade.

Ele tinha uma mania peculiar: guardava seus latidos para os passeios de carro.

Carlos brincou: "Se fôssemos até a Bahia, ele latiria sem parar até lá."

Infelizmente, Xuxu viveu até os 10 anos, quando complicações renais encerraram sua jornada.

Pixoxo

Pixoxo era um docinho, tão carinhoso quanto seus irmãos, mas diferente deles, raramente latia.

Carlos diz que ouviu Pixoxo latir apenas três vezes na vida.

Ele era tão tranquilo que, mesmo em apuros, não fazia barulho.

Uma vez, ao acompanhar Carlos para levar o lixo até a rua, Pixoxo acabou ficando do lado de fora quando Carlos, sem perceber, fechou a porta.

O pequeno passou a noite inteira em frente ao apartamento, sem soltar um único latido para pedir ajuda.

"Se fosse o Lucke, teria derrubado a porta", brincou Carlos ao relembrar o episódio.

Lucke

Lucke era amoroso, mas muito possessivo. "Se alguém tocasse nos brinquedos ou na cama dele, ele mordia, fosse quem fosse", recorda Carlos.

Assim como Xuxu, Lucke adorava latir. "Nos jogos do Flamengo, ele latia os 90 minutos inteiros. Era impressionante. No dia que não latia, sabíamos que perderíamos, e perdíamos mesmo", relembra ele, com carinho.

Lucke partiu cedo, aos quatro anos. Naquele dia, algo parecia diferente.

Após apresentar um comportamento estranho na piscina, ele foi levado às pressas ao veterinário, mas, apesar de todos os esforços, não resistiu.

Sua despedida foi marcada por amor e saudade eterna.

"Durante 90 dias chorei sem parar, não fazia a barba, engordei. No nonagésimo dia, decidi que precisava parar. Ele precisava descansar, e eu precisava seguir em frente", relatou Carlos. "Ainda choro, como agora, ao abrir essa 'caixa de Pandora'."

A visão de uma nuvem com a imagem de Lucke, Xuxu e Pixoxo brincando juntos acalentou seu coração.

"Foi como se me dissessem: 'Oi, papai, estamos bem e juntos'. Foi especial demais. Chorei, mas de alegria."

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Boas Ações

Desde então, Carlos tem honrado a memória de Lucke, Xuxu e Pixoxo ajudando outros animais.

"Passei a carregar ração no carro, sachês, água e comida na porta do meu trabalho. Também divulgo adoções, apoio ONGs e faço o que está ao meu alcance para ajudar."

Hoje, Carlos é tutor de Negueba, um cachorrinho de 15 anos que foi resgatado das ruas, e de Fred, carinhosamente chamado por ele de seu "Pitbull da Shopee", que também é um resgate.

Ambos são a prova de que o amor pelos animais continua vivo em seu coração.

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Redatora e apresentadora do canal Amo Meu Pet no Youtube