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Crianças imploram para adotar cachorrinho filhote encontrado dentro de saco de lixo

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em Cães

Há alguns dias, crianças que vivem em Bauru, São Paulo, brincavam perto de um terreno baldio quando perceberam que um saco de lixo jogado ali estava se mexendo.

A movimentação chamou atenção e causou estranheza, levando-as a chamar a mãe, que, ao ver a cena, decidiu se aproximar com cautela.

Ao chegarem mais perto, o chorinho revelou do que se tratava: um filhote de cachorro.

Com o incentivo da mãe, as crianças abriram o saco e ficaram chocadas com o que encontraram — um filhote indefeso, abandonado e lutando para sobreviver.

Deixá-lo ali não era uma opção!

O resgate

Quando a mãe e as crianças viram aquele serzinho tão pequeno, misturado ao lixo já em decomposição e exalando mau cheiro, mal puderam acreditar na crueldade humana.

O filhote provavelmente estava ali há bastante tempo, pois seu frágil corpinho já começava a ser consumido por larvas, tornando a cena ainda mais desesperadora.

Uma das crianças, indignada com o abandono, desabafou do jeitinho dela: "ele deveria ser preso por tempo indeterminado".

Sob a orientação da mãe, as crianças retiraram o filhote daquela situação desesperadora e o levaram para casa.

Uma das crianças envolvidas no resgate declarou: "tenho muito orgulho por ter salvado ele. Eu, meu irmão e meus primos estamos honrados".

Outra queria muito adotar o filhote, mas sabia que ele precisava de cuidados veterinários urgentes.

Sem condições de levá-lo ao veterinário, a mãe das crianças criou uma vaquinha para conseguir ajuda.

Quando o protetor animal Esdras Andrade soube do caso, imediatamente interveio, solicitando a internação do filhote, que estava em estado grave e precisava de cuidados urgentes.

"O tanto de larva, pulga, carrapato que tá caindo com o efeito das medicações não tá escrito... Ele tá vivo por um milagre, de verdade, parece nem ser real de tão ruim que está o exame!", escreveu Esdras em uma publicação.

Infelizmente, os esforços não foram suficientes. Apesar de todo o cuidado e dedicação da equipe veterinária, o estado do filhote era crítico demais, e ele não resistiu.

Repercussão

Esdras compartilhou a história do cachorrinho em seu perfil no Instagram, acompanhada de uma carta aberta que comoveu os internautas:

"Eu só queria entender por quê...

Eu ainda lembro do cheiro dele, do calor das mãos que me alimentaram pela primeira vez. Ele era meu mundo, meu tudo. Sempre que me chamava, meu rabinho abanava sem parar, meu coração batia rápido. Eu confiava nele mais do que em mim mesmo. Afinal, ele era meu dono, meu herói… ou pelo menos eu achava.

No começo, eu não entendi o que estava acontecendo. Ele me pegou no colo, como fazia outras vezes, mas, dessa vez, havia algo estranho no jeito que me segurava. Eu sentia medo. Fiquei quieto, esperando que fosse só coisa da minha cabeça. Mas então, ouvi o som do saco. Aquele barulho plástico que agora me assombra.

Ele me colocou dentro. Meu mundo ficou escuro. Não tinha mais o calor das mãos dele, só o sufoco do plástico me apertando. Eu tentei latir, mas minha voz era fraca. Tentei sair, mas minhas patas pequenas não conseguiam nada. O ar começou a faltar, e eu fiquei lá… sozinho. Jogado. Como se minha vida não valesse nada.

O cheiro do lixo era insuportável, mas o que doía mesmo era o abandono. Por que ele fez isso? Eu fiz algo errado? Não fui um bom amigo? As larvas chegaram logo depois, devorando meu corpo já fraco. Cada mordida era uma dor que queimava minha pele, mas nenhuma dor era maior do que a do meu coração partido.

Eu só queria viver. Eu só queria voltar para casa. Mesmo machucado, mesmo no meio do lixo, eu ainda esperava que ele voltasse. Que me tirasse dali. Que dissesse que tudo isso era um erro. Mas ele nunca voltou.

Foi então que eu ouvi outras vozes. Pequenas, gentis. Vozes de crianças. Elas rasgaram o saco, tiraram meu corpo debilitado de lá. Pela primeira vez, senti mãos que me seguravam com amor. Elas choraram quando me viram, e eu queria dizer que estava agradecido, mas não tinha forças. Só consegui olhar para elas, com a esperança de que talvez, só talvez, minha vida ainda tivesse algum valor.

Eu não sei quanto tempo me resta, mas eu só quero uma chance. Uma chance de sentir carinho de novo, de abanar o rabinho quando alguém me chamar. Eu só queria entender por que me jogaram fora. Eu só queria acreditar que ainda posso ser amado."

Agora veja o vídeo:

Situações como essa nos fazem refletir sobre até onde pode chegar a maldade humana.

Se você não tem condições de cuidar de um cachorro, busque uma adoção responsável, leve-o para uma ONG, procure ajuda, mas nunca o abandone.

Todo animal merece amor, proteção e uma chance de viver com dignidade.

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Redatora e apresentadora do canal Amo Meu Pet no Youtube