Mulher grávida do segundo filho é aconselhada a sacrificar cachorro reativo - e essa foi a sua decisão
Por Ana Carolina Câmara em CãesO que você faria se, durante a gravidez, recebesse a sugestão de se desfazer do seu cão por ele ser reativo e representar um possível risco?
Muitas mães, preocupadas com a segurança de seus bebês, se veem diante de um dilema ao ouvir esse tipo de recomendação.
Afinal, como garantir uma convivência harmoniosa entre o pet e o novo membro da família?
A jovem Shannon McCulloch, de 26 anos, que vive no Reino Unido, foi aconselhada a sacrificar seu cão resgatado por apresentar comportamentos agressivos.
No entanto, em meio ao turbilhão de sentimentos, ela decidiu não desistir dele.
Em vez disso, buscou alternativas para ajudá-lo a superar seus traumas e garantir uma convivência segura com seu futuro bebê.
O caso
Shannon é tutora de Bruce, um galgo saluki bull, adotado por seu parceiro 18 meses antes da mudança da família para uma nova casa com o primeiro filho.
No início, Bruce mostrou-se muito reativo em relação a Shannon.
Segundo o PetMD, um cão reativo é aquele que reage de forma exagerada a certos estímulos, como pessoas, outros animais ou barulhos. Essa reação pode incluir latidos excessivos, rosnados, pulos ou até mesmo tentativas de ataque.
A reatividade geralmente está ligada ao medo, ansiedade ou falta de socialização e não significa necessariamente que o cão seja agressivo.
“Nós percebemos que havia algo errado quando ele agarrou meu braço, e não de uma forma brincalhona”, contou Shannon ao Newsweek. “Por sorte, eu estava de casaco, então só sofri alguns hematomas. Mas depois disso, ele começou a balançar a cabeça e se tornou extremamente agressivo. Ele demonstrou tendências agressivas, como latir, rosnar e se lançar com a intenção de atacar. Passou a proteger sua caixa e tentava morder nossos dedos quando a abríamos. Ele não permitia nenhum toque físico.”
Diante dessa situação, o casal levou Bruce ao veterinário, onde foi diagnosticado com uma perfuração no tímpano. O tratamento exigia a aplicação diária de gotas auriculares.
A família acreditou que, com o tratamento, Bruce melhoraria seu comportamento. No entanto, ele acabou piorando.
Para evitar qualquer risco, o casal precisou manter Bruce separado do filho de cinco anos e do outro cachorro da família.
Diante do cenário preocupante, conhecidos aconselharam o casal a "se livrar" do cão antes do nascimento do segundo filho.
A decisão
O casal optou por tentar um treinamento gradual com Bruce. No início, apenas eles interagiam com o cão.
Depois, começaram a fazer pequenas caminhadas em locais tranquilos, sem a presença de estranhos. À medida que o comportamento do pet melhorava, passaram a levá-lo para ambientes com um pouco mais de movimento.
Além disso, buscaram a ajuda de um treinador de cães para orientá-los nas técnicas adequadas de socialização e controle da reatividade.
Graças à paciência e ao treinamento consistente, Bruce passou por uma transformação incrível. Ele se tornou mais calmo, confiante e capaz de lidar melhor com diferentes situações do dia a dia.
Sacrificá-lo? Nem pensar!
“Eu me senti desanimada quando as pessoas nos disseram para entregá-lo, mas entendi”, disse Shannon. “Isso teria sido o último recurso, caso todas as outras alternativas falhassem. Não sou ingênua em pensar que ele nunca machucaria meu filho, mas estou confiante de que isso não aconteceria. Ele nunca demonstrou agressividade em relação ao meu filho, mas ainda assim, é um cachorro com vontade própria e sabemos que basta um segundo para algo acontecer.”
No dia 5 de fevereiro, Shannon compartilhou sua decisão em um vídeo no TikTok, mostrando a jornada de adaptação com Bruce.
Confira:
E você, que decisão tomaria? Deixe nos comentários.
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Redatora e apresentadora do canal Amo Meu Pet no Youtube