Um dia após perder seu cão, moça se assusta com vira-lata idêntico que veio ao seu encontro
Por Larissa Soares em Proteção Animal
Perder um animal de estimação é uma dor imensurável, e Ana Kerber, ativista da causa animal, sentiu isso na pele quando sua amada Paçoca partiu no dia 28 de junho de 2024.
O que ela não esperava era que, apenas um dia depois, um cão idêntico surgiria diante dela, como se o destino tivesse preparado um reencontro.
O momento foi tão surpreendente que, ao ver o cachorro pela primeira vez, Ana chegou a chamá-lo: “PAÇOCA?!”.
Ele era um vira-lata de pelagem caramelo, semelhante à Paçoca, e estava parado em frente a uma obra no bairro onde Ana mora.
Ainda confusa e fragilizada pela perda recente, ela desviou o caminho com medo da reação de Sofia, sua outra cadela que estava junto.
Mas antes que pudesse ir embora, ouviu um dos trabalhadores da obra chamá-lo pelo nome: “PEQUENO!”.
Naquele momento, ela achou que o cão simplesmente pertencia ao pessoal da construção.
No entanto, conforme os dias passaram, percebeu que Pequeno estava sempre por ali, sem um lar fixo, dormindo do lado de fora e dependendo da boa vontade dos funcionários para se alimentar.
A semelhança com Paçoca era impressionante. Ana chegou a compartilhar fotos dos dois para provar que não era apenas coisa de sua cabeça: os cães pareciam cópias um do outro.
Esse detalhe, somado ao fato de Pequeno ter surgido em sua vida exatamente no dia seguinte à partida de Paçoca, a fez refletir sobre o significado daquele encontro.
“Você acredita que existe algo sobrenatural que proporcionou esse encontro? Hoje, não tenho nenhuma dúvida”, escreveu Ana nas redes sociais.
Mesmo percebendo que Pequeno precisava de cuidados, ela não queria tirá-lo do local abruptamente.
Afinal, ele estava sendo bem tratado pelos trabalhadores da obra, que já o levavam junto para diferentes construções.
Ana, então, começou a ajudá-los a cuidar dele, levando comida, garantindo que estivesse saudável e, mais tarde, providenciando sua castração.
Quando o destino decidiu por ela
Durante meses, Pequeno seguiu sua rotina como um "cão de obra", mas, no fim do ano, as circunstâncias mudaram.
No dia 20 de dezembro, ao visitar o local para deixar um presente de Natal para Pequeno e para os funcionários, Ana recebeu a notícia: a equipe ficaria no bairro apenas até o dia 10 de janeiro.
Ela sabia que, sem os trabalhadores, Pequeno ficaria vulnerável.
Foi então que, no dia 29 de dezembro, decidiu levá-lo para casa, garantindo que estivesse seguro durante a virada do ano, já que os fogos de artifício são um grande risco para os animais de rua.
O desafio da adaptação
Inicialmente, ela cogitou oferecer apenas um lar temporário para Pequeno, pois sabia que cães acostumados à liberdade podem ter dificuldades em ambientes fechados e achou que ele não ficaria feliz em casa.
Além disso, a chegada de Pequeno à nova casa não foi completamente tranquila. O maior problema foi sua relação com Caramelo, o cão mais idoso da família de Ana.
Pequeno demonstrava desconforto com a presença do veterano e, sempre que Caramelo se movia, ele rosnava e avançava.
Por um momento, Ana pensou que a adoção não daria certo. Mas então, em 27 de janeiro, uma visita a um canil mudou sua perspectiva.
Ela viu centenas de cães vivendo em condições tristes, sem amor, sem um lar.
Aquela cena fez com que entendesse que Pequeno já tinha um destino melhor – e que ela precisava apenas ajudá-lo a se ajustar.
“A partir desse dia, ele é um Kerber”, escreveu Ana, oficializando a adoção.
Agora, Pequeno tem a oportunidade de viver uma nova vida ao lado de quem realmente se importa com ele.
Você pode seguir Ana no Instagram (@anaeosviralatas)
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