Tutora recusa corte das orelhas de pit monster filhote; ele cresce e seu visual espetacular surpreende a todos

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No universo dos cães da raça pit monster, uma crença antiga tem sido cada vez mais questionada: a necessidade do corte das orelhas para garantir um visual considerado "mais adequado".

A história de Apollo, um imponente pit monster, está viralizando nas redes sociais ao desafiar essa tradição e mostrar que a beleza do animal vai muito além de modificações estéticas.

O perfil de TikTok @apollo.pitmonster, que já conta com mais de 42 mil seguidores e ultrapassa 1,8 milhões de curtidas, tem ganhado destaque ao compartilhar a jornada do cão.

Um dos vídeos fixados, com impressionantes 7 milhões de visualizações, aborda justamente essa questão.

No vídeo, a tutora de Apollo relembra como, quando o cão ainda era filhote, muitas pessoas o aconselharam a cortar suas orelhas, alegando que, caso contrário, ele cresceria com um visual "feio".

No entanto, contrariando essa recomendação, ela optou por manter o animal de forma natural.

O vídeo então faz uma transição para a fase adulta de Apollo, revelando um cão forte, musculoso e de aparência marcante, com as orelhas intactas e eretas.

A legenda é direta: "Feio é você".

A postagem provocou uma onda de apoio e reflexões sobre essa prática estética, que já foi amplamente utilizada, mas hoje vem sendo cada vez mais abandonada.

Muitos tutores de pitbulls e pit monsters ainda acreditam que o corte das orelhas confere uma aparência mais intimidadora aos cães, mas a percepção sobre essa prática está mudando com o tempo.

Confira o vídeo:

Por que cortavam as orelhas dos pitbulls?

A prática do corte das orelhas em cães da raça pitbull tem origens históricas e funcionais.

De acordo com o Portal FNT no passado, os cães eram utilizados em combates e a amputação da orelha servia para evitar ferimentos graves durante as lutas.

Além disso, acreditava-se que o procedimento ajudava na audição e prevenia infecções, argumentos que, com o avanço da ciência veterinária, foram amplamente desmistificados.

Com o passar dos anos, essa prática deixou de ter justificativas funcionais e passou a ser puramente estética.

No entanto, a conchectomia, o corte de orelhas é um procedimento doloroso para o animal e, em muitos países, já é proibido por ser considerado uma mutilação desnecessária.

No Brasil, embora ainda ocorra, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) condena a prática e orienta tutores a preservarem a anatomia natural dos cães.

Com cada vez mais conscientização, tutores e especialistas reforçam que o bem-estar do animal deve estar sempre acima de questões estéticas. E Apollo, com suas orelhas intactas e sua presença imponente, é a prova viva de que a natureza sabe exatamente o que faz.

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Jornalista formada pela Universidade de Passo Fundo (UPF). Gosta de livros, animais e é vegetariana.