Tutora recusa corte das orelhas de pit monster filhote; ele cresce e seu visual espetacular surpreende a todos
Por Beatriz Menezes em CãesNo universo dos cães da raça pit monster, uma crença antiga tem sido cada vez mais questionada: a necessidade do corte das orelhas para garantir um visual considerado "mais adequado".
A história de Apollo, um imponente pit monster, está viralizando nas redes sociais ao desafiar essa tradição e mostrar que a beleza do animal vai muito além de modificações estéticas.
O perfil de TikTok @apollo.pitmonster, que já conta com mais de 42 mil seguidores e ultrapassa 1,8 milhões de curtidas, tem ganhado destaque ao compartilhar a jornada do cão.
Um dos vídeos fixados, com impressionantes 7 milhões de visualizações, aborda justamente essa questão.
No vídeo, a tutora de Apollo relembra como, quando o cão ainda era filhote, muitas pessoas o aconselharam a cortar suas orelhas, alegando que, caso contrário, ele cresceria com um visual "feio".
No entanto, contrariando essa recomendação, ela optou por manter o animal de forma natural.
O vídeo então faz uma transição para a fase adulta de Apollo, revelando um cão forte, musculoso e de aparência marcante, com as orelhas intactas e eretas.
A legenda é direta: "Feio é você".
A postagem provocou uma onda de apoio e reflexões sobre essa prática estética, que já foi amplamente utilizada, mas hoje vem sendo cada vez mais abandonada.
Muitos tutores de pitbulls e pit monsters ainda acreditam que o corte das orelhas confere uma aparência mais intimidadora aos cães, mas a percepção sobre essa prática está mudando com o tempo.
Confira o vídeo:
Por que cortavam as orelhas dos pitbulls?
A prática do corte das orelhas em cães da raça pitbull tem origens históricas e funcionais.
De acordo com o Portal FNT no passado, os cães eram utilizados em combates e a amputação da orelha servia para evitar ferimentos graves durante as lutas.
Além disso, acreditava-se que o procedimento ajudava na audição e prevenia infecções, argumentos que, com o avanço da ciência veterinária, foram amplamente desmistificados.
Com o passar dos anos, essa prática deixou de ter justificativas funcionais e passou a ser puramente estética.
No entanto, a prática de cortar as orelhas dos cães, conhecida como conchectomia, é proibida no Brasil. O Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) proibiu a realização desse procedimento para fins estéticos por meio da Resolução nº 1027/2013.
Essa resolução também proíbe outras mutilações estéticas, como a caudectomia (corte da cauda) e a cordectomia (remoção das cordas vocais), salvo em casos estritamente médicos, quando há indicação veterinária para preservar a saúde do animal.
Além disso, cortar as orelhas de um cão apenas por estética pode ser enquadrado como maus-tratos pela Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998), que prevê pena de reclusão e multa para quem maltratar ou mutilar animais.
Com cada vez mais conscientização, tutores e especialistas reforçam que o bem-estar do animal deve estar sempre acima de questões estéticas. E Apollo, com suas orelhas intactas e sua presença imponente, é a prova viva de que a natureza sabe exatamente o que faz.
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