Chegando em casa, mulher encontra bola de pelos branca deixada na calçada
Por Larissa Soares em Proteção Animal
Em outubro do ano passado, Caitlin Elizabeth estava voltando para casa, quando notou algo pequeno se movendo em uma pilha de lixo na calçada.
Curiosa, ela se aproximou e ficou chocada com o que viu. Aquilo era um filhote de gato recém-nascido, sozinho e vulnerável.
“Ele ainda está vivo, não consigo acreditar”, disse Caitlin em um vídeo no TikTok. “Eu o vi deitado ali, e pensei que estivesse morto. Ele está congelando, pobrezinho.”
Ao procurar pela mãe do gatinho, Caitlin a encontrou por perto, mas percebeu que o pequeno havia sido rejeitado. Sem hesitar, ela assumiu a missão de cuidar do filhote.
“Eu realmente amo gatos, mas é um pouco triste quando eles não conseguem cuidar de seus bebês”, disse Caitlin no TikTok.
Com o gatinho seguro em suas mãos, ela o levou para o carro e iniciou os cuidados imediatos.
Caitlin já havia lidado com filhotes recém-nascidos antes, então sabia que a situação exigia atenção. No entanto, o pequeno estava tão frágil e com tanto frio que ela temeu pelo pior.
"Ele está miando tão forte que sua boca está suja de terra", relatou enquanto voltava para casa.
Ao examiná-lo melhor, Caitlin percebeu que o estômago do gatinho estava cheio de terra. Ele provavelmente havia tentado se alimentar de qualquer coisa para sobreviver.
Depois de limpo e bem alimentado, o filhote finalmente começou a se mexer e demonstrar mais energia.
Casper, como foi batizado, passou os dias seguintes recebendo cuidados intensivos.
Ele tomou antibióticos e probióticos, foi alimentado com mamadeira, sempre enrolado em um cobertor quentinho e cercado por carinho.
Durante as mamadas, Echo, uma das gatas de Caitlin, observava atentamente. Echo também havia sido resgatada ainda bebê e parecia se enxergar naquele pequeno lutador.
Infelizmente, seis dias após ser encontrado na pilha de lixo, Casper não resistiu. Caitlin fez tudo o que estava ao seu alcance, mas o pequeno partiu.
No entanto, ele viveu seus últimos dias em um ambiente seguro, recebendo todo o amor que jamais teria conhecido se tivesse ficado na rua.
“Obrigada por aqueles seis dias de amor e cuidado. Ele poderia ter morrido há seis dias no frio, mas partiu cercado por alguém que deu 100% de amor e calor. Ele partiu em paz”, comentou uma seguidora.
“Ele partiu sabendo o que era ter uma barriga cheia e um cobertor quente, em vez de concreto frio e uma bola dura de terra. Você fez o seu melhor”, escreveu outra pessoa.

Como alimentar um filhote de gato órfão
Filhotes órfãos precisam de cuidados especiais, e a alimentação adequada é essencial para sua sobrevivência. O VCA Hospitals compartilhou algumas recomendações:
- Hidratação: Gatinhos necessitam de uma alta ingestão de líquidos, entre 155-230 mL de fluido por quilo de peso corporal diariamente. Se a diluição do leite substituto não for suficiente, pode-se adicionar mais água.
- Substituto do leite: O leite materno é altamente nutritivo e superior ao leite de vaca. Por isso, os substitutos comerciais de leite para gatinhos são recomendados, pois contêm os nutrientes necessários para o crescimento saudável.
- Mamadeira: O ideal é alimentar os gatinhos com mamadeira especial para pets, garantindo que o fluxo do leite seja adequado para evitar engasgos e aspirações.
- Posição correta: Durante a mamada, o gatinho deve estar em posição horizontal, com a cabeça neutra.
- Frequência: Gatinhos recém-nascidos devem ser alimentados a cada 2-4 horas na primeira semana de vida. Após esse período, a frequência pode diminuir para cada 4-6 horas até o desmame.
- Temperatura: O leite deve ser aquecido a aproximadamente 38°C antes da alimentação. A fórmula fria pode causar problemas digestivos e diarreia.
Caso o filhote apresente diarreia, é indicado reduzir a quantidade de leite. Além disso, se ele não estiver se alimentando corretamente ou demonstrar sinais de fraqueza, um veterinário deve ser consultado imediatamente.
Redatora.