Mulher esquece de desligar ventilador na varanda - quando volta, encontra alguém usando o aparelho
Por Ana Caroline Haubert em Mundo Animal
O verão no Texas pode ser de tirar o fôlego. Com temperaturas altas e longos períodos de seca, encontrar maneiras de se refrescar não é apenas uma questão de conforto, mas de sobrevivência — para humanos e animais.
No entanto, o que começou como um simples esquecimento acabou se tornando um ato de empatia, carinho e mudança de perspectiva para Breyana Elwell e sua família.
No auge do calor, numa noite especialmente abafada, Breyana e seu marido decidiram curtir a varanda da frente de casa quando o sol começou a baixar.
Para afastar os insetos e trazer um pouco de alívio, instalaram um ventilador elétrico. A noite foi tranquila, mas ao voltarem para dentro, esqueceram o ventilador ligado.
Na manhã seguinte, ao sair com seu filho pequeno para brincar no quintal, Breyana ligou novamente o aparelho — e esqueceu de desligá-lo mais uma vez. O que ela não esperava era que o ventilador atrairia um visitante inusitado: um esquilo.
“Uma hora depois, notei um esquilo esticado bem na frente, aproveitando a brisa”, contou ela em entrevista ao site The Dodo.
O animal estava com o corpo totalmente esticado e esparramado no chão, comportamento comum em dias de calor intenso como tentativa de se refrescar.
“Achei fofo, mas também senti um pouco de empatia. O verão passado foi muito quente, e estávamos no meio de uma seca.”
Diante da cena adorável — e um pouco comovente — Breyana decidiu manter o ventilador exatamente onde estava.
Mais do que isso: trouxe outros ventiladores para fora, com o objetivo de dar aos esquilos mais opções de onde se refrescar.
Mas a gentileza não parou por aí. Em pouco tempo, a família começou a deixar potes com água e alguns lanches apropriados para os pequenos visitantes peludos.
Aquela varanda comum acabou se transformando, pouco a pouco, em um verdadeiro resort para esquilos.
O mais curioso é que Breyana nunca foi exatamente fã desses animais. “Eles são praticamente ratos com rabos bonitos”, confessou, rindo.
No entanto, ver os esquilos encontrando alívio em sua varanda, depois de anos de calor e seca, mudou completamente sua percepção.
“Agora temos um resort inteiro para esquilos”, disse. “Temos vários ventiladores. Deixamos um pouco de água. E construímos uma ‘passarela’ para eles nas árvores.”
O espaço agora conta com infraestrutura improvisada, mas funcional, que permite que os esquilos circulem com segurança e conforto entre os galhos e as áreas de descanso.
A cena tornou-se tão comum quanto querida: esquilos relaxando ao vento, saboreando petiscos ou apenas observando o movimento da casa, como se soubessem que ali, são bem-vindos.
Hoje, os esquilos da vizinhança encontraram em Breyana uma defensora inesperada.
Ela, que antes sequer os olhava com simpatia, agora se preocupa com seu bem-estar, adaptou sua rotina para ajudá-los e, principalmente, mudou seu olhar sobre a relação entre humanos e a fauna urbana.
“Se você tivesse me dito que eu estaria fazendo o que faço agora, anos atrás, eu não teria acreditado”, refletiu ela.
E talvez esse seja o poder da convivência inesperada: transformar o que poderia passar despercebido em laços de cuidado, empatia e amor por todas as formas de vida — mesmo que com rabos fofos e amor por ventiladores.
Redatora.