Voluntário arrecada milhares de tampinhas plásticas para vender e ajudar animais de rua em Curitiba

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O valor das vendas são utilizados para castrar, alimentar, tratar e doar casinhas para animais de rua da cidade.

Muitas pessoas se comovem com a situação precária que os animais de rua vivenciam diariamente, mas poucas fazem algo de fato. Esse, certamente, não é o caso do Gerson Navarro que, inconformado com a precariedade que muitos animais abandonados vivem, resolveu agir.

Gerson, que reside em Curitiba, Paraná, e trabalha como vendedor de carros, sempre foi envolvido com a causa animal e já ajudou financeiramente muitos protetores de animais a arcar com consultas, medicamentos, castrações e alimentação.

Sabendo da grande demanda que a cidade possui, ele começou a buscar soluções amplas e que pudessem ter um rendimento mais significativo, para poder ajudar um número ainda maior de animais abandonados.

O caminho não seria fácil, mas depois de muitas dificuldades, tentativas e persistência, finalmente começou a render os primeiros frutos. Uma das alternativas utilizadas por Navarro e que se mantém até hoje, foi aderir ao projeto que tem como objetivo arrecadar o maior número possível de tampinhas plásticas — garrafa pet, produtos de higiene, beleza, limpeza, alimentos, bombonas de água e medicamentos (exceto tampas com agulhas de seringa) — e depois de recolhidas, elas são vendidas para cooperativas de reciclagem e o valor arrecadado da venda é utilizado para castrar, alimentar, medicar, tratar e cuidar dos animais resgatados por protetores independentes de Curitiba. O projeto teve origem no Rio Grande do Sul, mas foi renomeado por Navarro de Curitiba Ecopet.

O projeto surgiu em agosto de 2018, mas segundo Navarro, a primeira campanha de arrecadação não teve o resultado esperado. “Levou um ano para eu recolher 534 quilos, quando fui vender quase chorei, pois o valor deu uma mixaria, mas desistir jamais, como deixar de ajudar quem penso 24 horas que são os animais de rua, que tem fome, sede e frio”, diz.

Alguns dos ‘cãocondomínios’ que foram entregues este ano oriundos de valores arrecadados com as tampinhas.

A partir disso, ele buscou conselhos com uma voluntária que trabalha com o projeto em Santa Catarina e com a ajuda e apoio de outros voluntários, o Curitiba Ecopet conseguiu mais pontos de coleta, o que ajudou a arrecadar um número ainda maior de tampinhas e consequentemente, mais dinheiro para a causa animal. Já na segunda arrecadação, de uma tonelada e meia, eles conseguiram cinco vezes o valor da primeira venda.

Atualmente, Curitiba conta com um total de 81 pontos de coleta espalhados pela cidade e 10 voluntários envolvidos diretamente com o projeto, que já ajudaram mais de 50 animais desde a fundação do Curitiba Ecopet.

No entanto, com a chegada da pandemia, as tampinhas deixaram de ser recolhidas desde março, devido o alto risco de contaminação. Para continuar arrecadando dinheiro, Navarro criou uma vaquinha online para poder manter a ajuda aos animais, que segundo ele, há centenas de casos.

Se você quiser contribuir com o projeto esse é o link da vaquinha online: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/ajuda-para-castracao-de-animais-de-rua-porque-em-tempos-de-pandemia-o-isolamento-e-fisico-e-nao-social

Acompanhe o Curitiba Ecopet no Instagram e fique por dentro das atividades do projeto: curitibaecopet.