Ameaçados de extinção, cachorros-vinagres são vistos pela primeira vez no Rio Grande do Sul

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O flagra aconteceu no início deste mês no Parque Estadual do Turvo, em Derrubadas, RS.

Em um momento em que a humanidade tem testemunhado a extinção de tantas espécies, é indispensável que se preserve espaços naturais que abriguem essas vidas em segurança.

Foi em um desses espaços que uma das espécies mais raras do Brasil e que está ameaçada de extinção, resolveu aparecer. A figura importante de um cachorro-vinagre deu o ar da graça no Parque Estadual do Turvo, localizado no município de Derrubadas, Rio Grande do Sul.

Com mais de 17 mil hectares, o Parque Estadual do Turvo é considerado o fragmento de Mata Atlântica mais importante para o estado. O local é refúgio de outros mamíferos ameaçados, como a onça-pintada (Panthera onca), maior felino das Américas, e a anta (Tapirus terrestris), o maior mamífero herbívoro terrestre do Brasil.

O biólogo e guarda-parque Anderson Cristiano Hendgen e o estagiário, Ademir Fick, foram os felizardos em flagrar a presença de dois canídeos enquanto caminhavam monitorando o local.

Ao perceberem a presença do cachorro-vinagre, os funcionários resolveram tirar uma foto dos animais que logo depois entraram na mata e sumiram, mas foi só depois que eles se deram conta que se tratava de uma espécie rara e que até então não havia um único registro da presença dos canídeos no estado.

“Estou muito feliz por ter sido privilegiado junto do meu colega Ademir, em conseguir um registro assim, de uma espécie super importante”, relata Anderson.

De porte pequeno, esses animais apresentam as pernas curtas e robustas, orelhas redondas, cauda curta e pode pesar até 7 quilos. A pelagem é castanha com tons avermelhados, o dorso é mais escuro que a região ventral.

Na dieta deste carnívoro encontram-se principalmente tatus e roedores de pequeno e médio porte. A presença do cachorro-vinagre no Brasil é conhecida nas regiões da Amazônia, Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica.

“O registro está sendo muito comemorado por todos que trabalham com conservação e proteção da biodiversidade aqui no estado”, acrescenta Anderson.

Que privilégio da terra gaúcha em contar com a presença de uma espécie tão importante como essa!