Elefante 'mais solitário do mundo' finalmente faz uma amizade após sair de cativeiro
Por Ana Caroline Haubert em NotíciasVivendo em um zoológico escasso e precário, o elefante não tinha contato com outros animais, mas teve uma reação adorável ao ver um pela primeira vez em oito anos.
Os animais reconhecem uns aos outros e não foi diferente com esses dois elefantes que se cumprimentaram pelos troncos ao se verem pela primeira vez no Santuário de Vida Selvagem de Kulen Prom Tep, em Camboja.
Um deles, Kaavan, chegou a ser apelidado como "o elefante mais solitário do mundo" depois de passar oito anos em cativeiro solo em um zoológico. Como ele não estava acostumado a ter contato com nenhum outro animal por anos, a situação comoveu os funcionários do santuário que registraram a cena.
Segundo o portal de notícias New York Post, ele nasceu no Sri Lanka e foi enviado em 1985 para Islamabad, no Paquistão. Por muito tempo, Kaavan viveu na companhia de outro elefante chamado Saheli, que faleceu em 2012.
Desde então, o elefante passou a viver sozinho e em péssimas condições, além de ficar preso em correntes no zoológico de Islamabad. Tamanha precariedade foi denunciada por ativistas que acusaram o zoológico de não protegê-lo adequadamente durante os verões escaldantes ali. Em maio, um juiz determinou que todos os animais do zoológico fossem realocados.
Dessa maneira, começou o processo de relocação de Kaavan, que no dia 1° de dezembro, chegou em seu novo recinto. Uma festa de despedida foi realizada para o elefante em Islamabad, incluindo uma aparição do músico Cher, que liderou a campanha para libertá-lo.
A estadia de Kaavan no santuário, no entanto, é temporária já que o objetivo é transferi-lo para um ambiente maior, onde ele conviverá com outras três fêmeas. Segundo um funcionário do Ministério do Ambiente, Kaavan deve cruzar com as fêmeas, com o propósito de ‘conservar a dobra genética'.
“Primeiro contato com um elefante em oito anos - este é um grande momento para Kaavan. Ele finalmente terá a chance de viver uma vida pacífica e apropriada para a espécie”, disse Martin Bauer, porta-voz do grupo baseado na Áustria que trabalhou durante meses para prepará-lo para o vôo.
“Ele tem um futuro muito brilhante pela frente”, concluiu Bauer, acrescentando que toda a equipe ficou extremamente emocionada ao testemunhar a interação.
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