Em vídeo emocionante, menino manda mensagem para seu amado cão que 'virou estrelinha'
João perdeu há dois meses um cãozinho chamado Valente e, deste então, conversa com ele olhando para o céu
Por Leticia Schneider em Aqueça o coraçãoJoão Rafael Piccin, de 4 anos, recentemente teve que se despedir de um grande amigo: um cãozinho chamado Valente.
O morador de Passo Fundo, Rio Grande do Sul, atualmente convive com 11 cães resgatados da rua. Além disso, também vem sendo lar temporário de Flora.
Em um vídeo postado no Instagram, João aparece apontando para uma estrela e pedindo se aquele é seu cachorrinho que faleceu há dois meses.
“Aquele é o Valente?”, pergunta ele.
“É, aquele lá!”, responde sua mãe Ana Pezzi.
“Oii Valente. Oii”, fala João enquanto faz um “tchauzinho” para o céu.
Sua mãe, então, pede para o menino contar ao Valente que está com saudade.
“Eu tô com saudade. Eu tô com saudade de você”, salienta João.
Ao final do vídeo João manda um grande beijo para ele.
“Há quase 2 meses o Valente partiu, mas a gente sempre dá um 'oi' quando a noite está estrelada”, diz a legenda da publicação.
Publicado no dia 28 de dezembro, o vídeo teve mais de 6.540 visualizações, 792 curtidas e 70 comentários.
“Quem dera todos os pais ensinassem às crianças a respeitar os animais e amar esses seres divinos”, comentou Ana.
“João, você é incrível, quanto amor pelos animais. Que o Altíssimo mantenha você sempre conectado com os bichinhos e dando muito amor”, observou Telma.
“Que lindo, João. Valente e todos os anjinhos ficam felizes com seu carinho”, destacou Salete.
Em entrevista exclusiva ao Amo Meu Pet, Ana Pezzi contou que sempre gostava de animais. Formada em medicina veterinária, percebeu que muita gente socorria os cães e depois não tinha onde levá-los.
“Fui trabalhar em outra área e comecei a acolher os de rua. Só que as pessoas não querem animais com traumas, sujos, não sociais. Querem prontos! Me pediram pra 'arrumar' eles antes da entrega. Fazemos isso há uns 7 anos”, esclarece a mãe do João.
Ela também detalha que alguns cães de comportamento difícil não eram adotados e assim acabaram ficando com eles. Já por conta do espaço, João e sua mãe são lar temporário de um cão por vez.
“O Valente era pra ser lar temporário, mas logo vi que ninguém ia querer adotá-lo porque ele não se aproximava de nenhuma pessoa. Comigo foi uma luta de uns 2 anos. Quando o João nasceu, achei que ele fosse pirar com o choro, mas não, pelo contrário, ele se aproximou”, explicou.
“Logo que o João começou a falar, brincar e berrar eu fui ensinando que perto daquele cão não dava. Ele respeitou o Valente sempre, então não tinha medo nenhum daquela criança. Foi química”, acrescentou Ana.
Valente, que tinha cerca de 12 anos, acabou desenvolvendo um tumor na boca. “Fizemos tratamento por 1 ano e 2 meses. Só que ele não se alimentava mais, tinha muita dor e precisamos eutanasiar”, ressalta.
“João sentiu muita falta, chamava ele e procurava pela casa, aí li que a criança na idade dele não entende a morte, então usamos a 'estrela'. Contamos que agora ele não tem mais medo das pessoas e pode chamar ele sempre que olhar no céu”.
“Ele me pergunta se o Valente vai voltar sempre, aí digo que lá o Valente não tá mais doentinho, então tá mais feliz. Parece que ele entende, porque não insiste e nem chora”, finaliza a mãe comovida
Redatora.