Margarida Bonetti confronta Luisa Mell após ativista pegar seu cachorro; vídeo

Nesta quarta-feira, 20, a ativista pela causa animal, Luisa Mell, acompanhada do delegado Bruno Lima (também defensor da pauta) e equipes, entraram juntos com a Polícia Civil na mansão de Margarida Bonetti, conhecida como "A Mulher da Casa Abandonada". A casa fica localizada em um bairro nobre de São Paulo.

Além de mais um cachorro, as equipes de protetores de animais também tinham a suspeita de que no local houvessem gatos em situação de maus-tratos. Em conversa com um policial, Luisa expôs sua preocupação de que a entrada poderia afugentar os felinos, impossibilitando, assim, o resgate.

Em resposta à ativista, o mesmo policial acatou a preocupação e afirmou que solicitaria cautela aos agentes no momento de entrada, para efetivar o resgate. Porém, após averiguar o local, nenhum felino foi visto. O caso foi transmitido no Instagram da protetora.

A Polícia Civil de São Paulo cumpre um mandado de busca e apreensão no imóvel. Margarida negou a entrada das autoridades, que tentaram arrombar uma das janelas, sem sucesso. Após outras tentativas, a polícia foi autorizada a entrar pela própria ocupante. O objetivo da entrada faz parte de um inquérito que investiga se Margarida sofre de distúrbio psiquiátrico e se foi vítima de abandono de incapaz.

Luisa e Bruno acompanharam os agentes na tentativa de resgatar os animais da residência que, segundo presenciaram, viviam em condições insalubres. “Eu não posso ir lá atrás, ela vai me bater”, disse Luisa em entrevista à Band relatando seu medo por Margarida estar alterada com a movimentação.

Em determinado momento, Luisa chegou a conseguir pegar um cachorro de pequeno porte nos braços. Mas Bonetti, indignada, discutiu com a ativista e chegou a puxá-lo de seus braços. “Os policiais que encontraram, estava muito assustado, quando a gente entrou ela arrancou o cachorro da minha mão, enfiou dentro da malha [da blusa] e começou sufocar o cachorro. Eu peguei ele e saí correndo”.

O animal estava, aparentemente, em estado de desnutrição, com cheiro forte e tremendo de medo, caracterizou a ativista.

“Ela falou que o cachorro era dela e que não íamos levar. Ela não quis dar, a delegada pediu, quando eu peguei, ela me deu uma gravata e saiu atrás de mim”, declarou um assessor do delegado Bruno Lima, que constatou que o animal precisava de assistência veterinária. Após negar a entrega do animal, Margarida disse: 'já tiraram dois [cães], não vão tirar o terceiro'.

Além disso, Luisa ficou chocada com a reação da mulher e afirmou ficar com receio de tentar novamente pegar o cachorro, uma vez que desconfiava que Bonetti iria batê-la, pois também bateu nos policiais.

Ao entrar na residência, a delegada Vanessa Guimarães disse em entrevista ao UOL que o local está em péssimas condições de higiene. "Ao entrar o cheiro é muito forte, tem muita coisa acumulada, lixo acumulado, roupas, restos de comida."

Em outro momento no início do mês, a equipe de Luisa e Bruno entraram no terreno e resgataram dois cachorros de porte grande que Margarida mantinha como cães de guarda. Os animais, também vítimas de maus-tratos, passaram por atendimento veterinário e constataram-se alterações em seus exames.

Na ocasião, Bruno Lima publicou em suas redes sociais que o imóvel é um "celeiro de doenças", sendo um problema de vigilância sanitária também. E ainda conversou com vizinhos da mansão que declararam que o terreno está naquela condição há muito tempo, infelizmente.

"Não dá para andar lá dentro, a condição é totalmente insalubre. A casa... Você não tem lugar no chão para pôr os pés.", disse o Investigador Luiz Carlos Zapparolli.

Veja os vídeos filmados nesta quarta, 20:

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