Professor leva cães para a sala e ensina cuidados e afeto aos alunos em MS

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O professor Diogo Cesar Gomes da Silva tem três alunos extras que não estão na lista de presença da matéria que leciona e que tampouco ganharão nota ao final do semestre: Orion, Vega e Mel.

Os cãezinhos da raça border collie acompanham seu dono na Universidade Católica Dom Bosco (UCBD), em Campo Grande (MS).

Além de encantar os alunos, o trio é perfeito para o ensino da disciplina de Diogo, que dá aulas sobre comportamento e bem-estar animal. Orion, Vega e Mel são a prática em meio à teoria ministrada em sala.

“Eu lembro que, quando cheguei com os cães, não avisei aos alunos, me apresentei como professor da disciplina e expliquei que a gente ia estudar juntos. A expressão dos acadêmicos era de surpresa, empolgação e satisfação”, diz o professor, que dá aula nos cursos de medicina veterinária e zootecnia. Ele começou a levar seus cães para a classe há cerca de dois anos.

O propósito dos animais em sala varia muito e depende da aula. Se o que for ministrado no dia for “comunicação entre animais”, pelos menos dois deles saem de casa para garantir o conteúdo prático. “Se eu vou falar sobre como o animal constrói mecanismos de aprendizagem, posso levar um deles ou mais de um, caso eu vá dividir a sala em grupos”, explica.

“Os alunos aprendem comportamentos de afeição, carinho, cuidado. A presença deles deixa o ambiente da sala de aula mais leve, mais estimulante”. Silva garante que o trio contribui até para melhorar a imagem do professor: “Quando eu vou com os cães, os alunos interagem comigo de outras formas, tiram dúvidas, fazem perguntas, estreitamos os laços e saímos da tensão da sala de aula”, afirma.

Devidamente treinados por seu pai, Orion, Vega e Mel possuem autorização da universidade para participar das aulas. São os únicos da instituição com “green card”.

Segundo a Universidade Católica Dom Bosco, a entrada de animais é permitida “apenas para fins pedagógicos e excepcionais”.

“Para esse tipo de interação, os cães precisam ter alto grau de socialização, e esses animais receberam treinamento e estimulação adequados desde filhotes para que se adaptassem a pessoas e ambientes diferentes”, conclui o docente.

Fonte: ANDA

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Gabriel Pietro têm 20 anos, é redator e freelancer. Fundou o Projeto Acervo Ciência em 2016, com o objetivo de levar astronomia, filosofia e ciência em geral ao público. Em dois anos, o projeto alcançou milhões de internautas e acumulou 400 mil seguidores no Facebook. Como redator, escreveu para vários sites, como o Sociologia Líquida e o Segredos do Mundo. Ainda não sabe se é de humanas ou exatas, Marvel ou DC, liberal ou social-democrata. Ama cinema, política, ciência, economia e música (indie). Ainda tentando descobrir seu lugar no mundo.