Professor leva cães para a sala e ensina cuidados e afeto aos alunos em MS
Por Gabriel Pietro em NotíciasO professor Diogo Cesar Gomes da Silva tem três alunos extras que não estão na lista de presença da matéria que leciona e que tampouco ganharão nota ao final do semestre: Orion, Vega e Mel.
Os cãezinhos da raça border collie acompanham seu dono na Universidade Católica Dom Bosco (UCBD), em Campo Grande (MS).
Além de encantar os alunos, o trio é perfeito para o ensino da disciplina de Diogo, que dá aulas sobre comportamento e bem-estar animal. Orion, Vega e Mel são a prática em meio à teoria ministrada em sala.
“Eu lembro que, quando cheguei com os cães, não avisei aos alunos, me apresentei como professor da disciplina e expliquei que a gente ia estudar juntos. A expressão dos acadêmicos era de surpresa, empolgação e satisfação”, diz o professor, que dá aula nos cursos de medicina veterinária e zootecnia. Ele começou a levar seus cães para a classe há cerca de dois anos.
O propósito dos animais em sala varia muito e depende da aula. Se o que for ministrado no dia for “comunicação entre animais”, pelos menos dois deles saem de casa para garantir o conteúdo prático. “Se eu vou falar sobre como o animal constrói mecanismos de aprendizagem, posso levar um deles ou mais de um, caso eu vá dividir a sala em grupos”, explica.
“Os alunos aprendem comportamentos de afeição, carinho, cuidado. A presença deles deixa o ambiente da sala de aula mais leve, mais estimulante”. Silva garante que o trio contribui até para melhorar a imagem do professor: “Quando eu vou com os cães, os alunos interagem comigo de outras formas, tiram dúvidas, fazem perguntas, estreitamos os laços e saímos da tensão da sala de aula”, afirma.
Devidamente treinados por seu pai, Orion, Vega e Mel possuem autorização da universidade para participar das aulas. São os únicos da instituição com “green card”.
Segundo a Universidade Católica Dom Bosco, a entrada de animais é permitida “apenas para fins pedagógicos e excepcionais”.
“Para esse tipo de interação, os cães precisam ter alto grau de socialização, e esses animais receberam treinamento e estimulação adequados desde filhotes para que se adaptassem a pessoas e ambientes diferentes”, conclui o docente.
Fonte: ANDA
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Gabriel Pietro têm 20 anos, é redator e freelancer. Fundou o Projeto Acervo Ciência em 2016, com o objetivo de levar astronomia, filosofia e ciência em geral ao público. Em dois anos, o projeto alcançou milhões de internautas e acumulou 400 mil seguidores no Facebook. Como redator, escreveu para vários sites, como o Sociologia Líquida e o Segredos do Mundo. Ainda não sabe se é de humanas ou exatas, Marvel ou DC, liberal ou social-democrata. Ama cinema, política, ciência, economia e música (indie). Ainda tentando descobrir seu lugar no mundo.