Cachorro que encontrou túmulo de tutor em cemitério continua no local há 7 anos
Por Leticia Schneider em CãesA história de Sorriso, antes chamado de Risadinha, é um entre tantos exemplos de que o amor canino pelo seu dono é maior do que tudo, neste caso até depois da morte.
Sorriso vive há sete anos no Cemitério Municipal de Capão Bonito, no interior de São Paulo, desde que seu tutor veio a falecer.
Visto como um grande exemplo de amizade/companheirismo, o canino conquistou o carinho de taxistas e zeladores da região.
Estes até construíram uma casinha para que o cachorro pudesse se abrigar nos dias de chuva e frio, além de alimentá-lo constantemente.
Além disso, foram eles que lhe deram o nome de Sorriso.
“Faz uns anos que a gente leva água e ração. Agora, até uma casinha para ele nós montamos. Ele é a alegria do cemitério”, contou Antônio Ciro, um dos taxistas que cuidam do animal em entrevista ao G1.
“Às vezes, chega algum visitante, parente do falecido e interage com ele. O Sorriso é muito dócil”, acrescenta.
Ananias Xavier, irmão do antigo tutor, explicou que o cachorrinho ficou bastante abatido com a morte de Joel Xavier.
Assim, alguns dias após o sepultamento, o animal fugiu de casa e encontrou sozinho o túmulo onde estava o tutor.
“O Risadinha era novinho quando um primo nosso apareceu com ele. Meu irmão trabalhava em um açougue e sempre cuidou muito bem dele. Para onde ia, levava o cachorro”, disse.
“O Risadinha sentiu muito a falta [de seu tutor]. Uma vez, ele sumiu e foi sozinho para o cemitério. Ali permanece até hoje. Já tentei levá-lo para casa, mas não adianta”, complementa Ananias.
Com cerca de 15 anos de idade, o cãozinho caminha pelo cemitério e recepciona os parentes e conhecidos dos falecidos que ali estão enterrados.
Em meio a tristeza e a angústia de perder um ente querido, Sorriso é capaz de trazer um pouco de alegria nesse momento difícil.
“Acho que os animais sempre nos ensinam alguma coisa. O Risadinha foi e continua sendo um grande amigo do Joel. É uma lição!”, frisou o irmão do antigo tutor do cachorro.
Companheirismo
Um caso parecido também veio a acontecer em um Cemitério Municipal de General Roca, em Rio Negro, na Argentina, onde um cachorro chamado Bobby se mudou para o local a fim de ficar perto de seu antigo tutor.
“Seu dono morreu há três anos e, desde então, nunca mais deixou o cemitério. Ele ficou porque seu mestre está enterrado aqui”, pontua o coveiro do cemitério, Daniel Cisterna, ao jornal Rio Negro.
Daniel trabalha no cemitério há 16 anos e toda tarde quando chega, o cachorro o acompanha durante o dia, até a hora de ir embora.
De acordo com o coveiro, quando tem algum funeral, Bobby costuma se deitar e ficar do lado das famílias, como se sentisse a dor deles.
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O que esse papagaio tanto escondia nesse tronco?
Redatora.