Sentindo falta do amigo, cachorra deita ao lado da cama de gato falecido da família

O amor por seu irmão felino fez com que uma cachorrinha comovesse a web. Após a morte de seu grande “parceiro de crime”, Misia demonstrou toda a dor que sentia por não poder mais estar junto dele.

A tutora, Jessica Jamenson, recentemente compartilhou uma foto de sua cachorra Misia, de três anos, deitada nos locais que antes eram frequentados pelo falecido gato da família.

Em entrevista ao Newsweek, Jessica contou que ambos eram muito próximos.

“Adotamos o gato Carter quando ele tinha apenas três meses de idade e, quando o levamos para casa, eles se deram bem imediatamente. Eles até cuidaram um do outro”, lembra ela.

Na postagem, Jessica afirmou que seu gato havia falecido há algumas semanas e, desde então, sua cachorra dorme ao lado da cama e fica olhando para sua torre.

“Às vezes ela choraminga enquanto olha para as coisas dele. Ela sente falta dele? Ou sou apenas louca?” questiona.

Ao site de notícias, Jessica salientou que acredita que Misia sente muita falta do amigo, apesar de muitas pessoas alegarem que animais não são capazes de sentir o luto.

“Algumas pessoas me dizem que isso não é possível, porque [o luto] é uma 'emoção humana' e ela é 'apenas um cachorro' - mas acho isso uma besteira”, detalha.

Cães sentem o luto?

Conforme o site Patas da Casa, uma pesquisa publicada pela professora Barbara J. King na revista Scientific American revelou que os cães entendem quando alguém morre e isso pode ser percebido por meio de suas mudanças comportamentais.

Embora não haja provas de que o cão realmente consegue compreender o conceito de morte, pode-se perceber que eles sentem saudade de seu amigo quando hábitos comuns deixam de fazer sentido para eles, como a falta de interação social, por exemplo.

A perda de apetite, o aumento nas horas de sono, o estresse e a ansiedade são outros sintomas de um quadro de saudade.

Outros cães, por sua vez, podem se mostrar mais apegados e afetuosos com seus tutores após a perda de um amigo. Ou seja, o luto para os cães também é relativo.

A morte de um animal de estimação já é muito difícil de ser assimilada pelo ser humano, quem dirá para o pet. Ainda mais quando se trata de uma convivência de muito tempo.

Nesse sentido, existem várias formas de o luto canino se manifestar por meio de mudanças comportamentais, sendo elas: falta de interação social, ansiedade, estresse, perda de apetite, fazer as necessidades no lugar errados, apego excessivo aos donos e a vocalização (uivos).

Já uma outra pesquisa liderada por Frederica Pirrone, especialista em comportamento animal da Universidade de Milão, consultou 426 voluntários que perderam um de seus cães enquanto o outro permaneceu vivo.

Nela, os voluntários receberam um questionário, o qual perguntava sobre o comportamento e as emoções de seus cães sobreviventes.

Os resultados mostraram que 86% dos cães apresentaram alterações comportamentais após a perda do amigo. 67% deles ficaram mais carentes, 57%, menos brincalhões, 46%, menos ativos e 35%, mais medrosos.

Além disso, 35% dos animais passaram a dormir mais, 32%, a comer menos e 30%, a latir ou chorar com mais frequência.

O estudo, publicado na revista Scientific Reports, também demonstrou que as mudanças de comportamento quase sempre duram entre dois e seis meses.