Protetora de animais fica surpresa ao notar que filhotes que resgatou não são cachorros

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em Mundo Animal

Jessie Tussing ignorou todos os seus hábitos de não realizar resgates de animais após o expediente. Mas em uma sexta-feira qualquer, ela recebeu uma ligação que fugiu de sua rotina.

A mulher que coordena a ONG da Heartland Humane Society não pensou duas vezes antes de entrar no carro e se dirigir a um local onde alguns filhotes haviam sido descartados.

Suas duas filhas adolescentes acompanharam tudo. Quando a protetora de animais chegou ao local, precisou usar uma lanterna para guiar o caminho através do prédio escuro e antigo, espreitando em cada rachadura, procurando os filhotes.

Com a permissão do proprietário, a mulher removeu uma das tábuas do celeiro. Foi então que se surpreendeu com a espécie dos animais. Quando ela os trouxe para a luz, não conseguiu evitar o pensamento de que esses filhotes pareciam diferentes dos quais ela está acostumada a resgatar.

"Eu estava correndo pelo meu cérebro tentando lembrar que raça de filhote tinha essa coloração. Levei um minuto para realmente perceber o que eu estava olhando”, contou Jessie ao site The Dodo.

Na ligação que recebeu a informação, era de que filhotes de cães haviam sido abandonados, mas a verdade era que os animais eram coiotes.

Sem saber o que fazer, a protetora entrou em contato com um especialista em reabilitação de vida selvagem. Ao constatar que os filhotes estavam seguros, bem alimentados, com a barriga cheia e quentinhos resolveu deixá-los no local onde foram encontrados.

Todos indícios indicam que a mãe estaria por perto e vigiando-os. Ou seja, eles não haviam sido abandonados.

Quem fez a ligação para Jessie não soube identificar os filhotes, caso contrário, todo o transtorno poderia ter sido evitado.

Muitas vezes, quando humanos tocam em animais, principalmente recém-nascidos, podem acabar deixando cheiros diferentes, o que faz com que os pais os abandonem.

"Eu disse às minhas meninas: 'Temos que colocá-los de volta no lugar. Estes não são animais de estimação”, acrescentou.

O proprietário do local compreendeu a situação e concordou em evitar ao máximo a entrada de pessoas estranhas no celeiro para evitar que a família se sinta incomodada. Pelo menos até que os filhotes abrem os olhos e cresçam. Logo todos irão se abrigar em outro lugar. Todas as tentativas de domesticar o coiote falharam porque eles não gostam de ficar perto dos humanos. E o correto é que nós também os evitemos, já que eles podem transmitir raiva e tularemia.

Já foram feitas algumas tentativas de domesticar o animal. Uma delas foi cruzar um coiote macho com uma cadela. O híbrido era menos agressivo, mas não é um coiote de fato. Outro método envolvia tomar os filhotes da mães para eles se acostumarem com possíveis tutores, mas também não deu muito certo, já que eles atacavam os donos. O motivo disso é que os coiotes nos consideram possíveis presas e apenas aguardam o momento certo de atacar.

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Jornalista formada pela Universidade de Passo Fundo (UPF). Gosta de livros, animais e é vegetariana.