Golden retriever paraplégica mostra como sua condição física não a impede de ser feliz
"A paralisia dela ocorreu há quase 3 anos e jamais pensamos em desistir dela".
Por Ana Carolina Câmara em CãesLola é uma cachorrinha cadeirante da raça golden retriever e sua condição física não a impede de ser feliz. Pelo contrário, essa fofura sabe aproveitar a vida ao máximo, graças ao apoio incondicional dos seus tutores, Junior e Andréa.
A pet não nasceu com essa paraplegia. Aos sete anos, ela foi diagnosticada com linfoma medular, um tipo de câncer que afeta a medula óssea e o sistema linfático. Sua estimativa de vida era de até 5 meses.
Hoje, a pet tem 10 anos, superando as expectativas médicas e demonstrando que a vida deve ser vivida com intensidade. Lola é uma inspiração! Ninguém segura essa douradinha e sua cadeira de rodas.
Adoção de Lola
Ao Amo Meu Pet, Junior contou que Lola, a princípio, era um presente para sua sogra. Na época, ela havia acabado de perder um cachorrinho, e a família, comovida ao vê-la triste, decidiu presenteá-la com um filhote de golden retriever.
Antes de ser levada para casa, a filhote ficou no canil por três meses. Nesse período, o vizinho da sogra de Junior resgatou três filhotes de cachorro, e ela ficou com um casal até encontrarem um lar para eles.
O que era para ser um lar temporário acabou se tornando definitivo. Assim, Luke e Mel entraram para a família, juntamente com Lola.
"O tempo passou e os três foram crescendo, surgindo os primeiros problemas: Lola era esfomeada, e depois de comer sua ração, ia aos comedouros dos outros para verificar se alguém havia deixado comida. Geralmente, era Mel quem comia menos, e isso levou Lola a se transformar em uma Golden Retriever de 40 kg”, contou Junior.
Dadas as circunstâncias, a família se reuniu e decidiu que a melhor opção seria levar Lola para a casa de Junior e Andréa. Lá, ela não teria a oportunidade de roubar a comida dos irmãos.
Além disso, sua porção de ração foi reduzida, e eles começaram a fazer caminhadas mais longas, tudo para que Lola pudesse perder peso. E funcionou.
O casal fez várias mudanças em prol da pet, incluindo ajudá-la a emagrecer e frequentar apenas locais pet friendly, entre outras coisas. O mais importante para eles era manter a pet feliz, e essa dedicação continua até hoje.
O diagnóstico
A reviravolta na família aconteceu há três anos. Foram inúmeras consultas e exames, acompanhados por diversos diagnósticos, o primeiro deles apontou hérnia de disco. E um veterinário ortopedista chegou a dar apenas cinco meses de sobrevida.
"Fizemos tomografia e ressonância para confirmar a hérnia de disco e os exames sugeriram linfoma", relatou Andréa. “Só haveria um diagnóstico certeiro se fosse feita uma biópsia. Como sabemos, existem riscos de perda total dos movimentos. Decidimos não fazer e priorizar o bem-estar da Lolinha”, relatou.
O começo foi difícil, pois Lola não segurava o xixi e nem o cocô; era uma troca de fralda atrás da outra. Mas com amor e empenho, eles se adaptaram à nova rotina, e como Junior disse: “bom marinheiro não se faz na brisa”.
“Adquirimos uma cadeira de rodas, tiramos as medidas no fabricante e, em uma semana, estava pronta. Colocamos ela na cadeira e em menos de dois dias, ela já estava adaptada e pronta para começar um novo ciclo em sua vida”, detalhou.
Lola faz fisioterapia e acupuntura, e, por meio do tratamento, começou a apresentar alguns reflexos, mesmo que involuntários, nas patas. Além disso, ela consegue reter o xixi e o cocô. Quando precisa ir ao 'banheiro', ela avisa com latidos ou a respiração ofegante revela a necessidade.
“Nas últimas consultas, chegou-se à conclusão de que não se tratava de uma paciente oncológica, mas sim de uma mielite rara, mais conhecida em humanos e pouco estudada em cães”.
Com sua cadeirinha, ela vive uma vida agitada, correndo na praia, na grama, na lama e onde bem entender. Adora nadar na piscina, segundo Junior, ela ama mais água do que comida. Sua alegria é tamanha que contagia todos que a conhecem!
“A Lola é a nossa razão de acordar todos os dias, ela nos motiva e ensina todos os dias com a alegria de viver, superação e adaptação. Os pets se adaptam muito facilmente às situações, por mais difíceis que pareçam ser para nós humanos”, disse Andréa.
A paralisia nunca foi motivo para o casal desistir da pet. E você pode ver o quanto ela é amada através dos vídeos dela toda feliz se divertindo com a cadeira de rodas.
Confira:
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Redatora e apresentadora do canal Amo Meu Pet no Youtube